A entrega da Taça

Que alegria, recordar este momento mágico da antrega da Taça de Campeão Brasileiro. A festa foi linda no Teatro Municipal, mas confesso que preferia quando a taça era entregue no campo. Valeu, guerreiros!

30 anos sem Nelson Rodrigues

Há exatos trinta anos atrás, morria o maior de todos os tricolores: o jornalista, escritor, cronista, dramaturgo e teatrológo Nelson Rodrigues. Com certeza o maior dramaturgo do teatro brasileiro e o maior cronista esportivo do Brasil em todos os tempos.

Quisera eu ser jovem quando Nelson escrevia. Com a sua máquina de escrever Nelson engradecia o Tricolor das Laranjeiras e apequenava, sem querer, as torcidas adversárias.

Abaixo, algumas de suas célebres frases sobre o Fluminense:

“Se o Fluminense jogasse no céu, eu morreria para vê-lo jogar”.


“O Flamengo tem mais torcida, o Fluminense tem mais gente!”.


“Pode-se identificar um Tricolor entre milhares, entre milhões. Ele se distingue dos demais por uma irradiação específica e deslumbradora”.

“Se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória”.

“O Fluminense é o único time tricolor do mundo. O resto são só times de três cores”.

“Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz’ pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumba”.

“Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fato”.

“Grandes são os outros, o Fluminense é enorme”.

“Uma torcida não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão”.

“Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode – e nem se deseja – fugir”.

“Sou tricolor, sempre fui tricolor. Eu diria que já era Fluminense em vidas passadas, muito antes da presente encarnação”.

“O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade…tudo pode passar…só o tricolor não passará jamais”.

Obrigado, Nelson. Você que foi o maior de todos até hoje nos faz sentir mais orgulho por ser Tricolor!

É o campeão... TRI CAMPEÃO BRASILEIRO

Foram 38 jogos. Fui a todos no Rio de Janeiro e mais três fora do Estado. Quem acompanha meus posts percebeu que há 15 rodadas atrás a minha fé no título sempre foi inabalável! Acontecesse o que acontecesse!


Foi sofrido. Tentaram nos tirar o técnico. Nos tiraram o Maracanã. Corinthians foi beneficiado pela arbitragem. E o último jogo foi difícil... Bem difícil. Mas, valeu. Um a zerinho, chorado. Mas, valeu! E muito!
Como em todo título do Flu, choveu na cidade. Mas, somos guerreiros. Comemoramos na chuva, na madruga.
Lembro-lhes que em outubro do ano passado, tinhamos 98% de chances de ser rebaixados. Como jamais visto no futebol, contrariamos as estatísticas e no ano seguinte já somos campeões! Só o Fluminense é capaz disso!

Hoje (segunda), acordo TRI CAMPEÃO BRASILEIRO! Desde 2005 (espaço de cinco anos), disputamos seis finais. três nacionais e duas sul-americanas. Ganhamos três. Para quem há dez anos estava no limbo, ressurgimos.

Sorria, Tricolor! Obrigado Muricy e Celso Barros. Obrigado, Conca! Obrigado, Sheik! Obrigado, guerreiros!
E o Profeta, sábio como sempre, comemora o título previsto por ele há rodadas, e com sua longa barba branca, agora pintada de verde, branco e grená, e sozinho em sua úmida caverna, já antecipa o vaticínio: "Fluminense será o campeão da Libertadores 2011". Alguém aí duvida?

Luis Moraes de Lima

Vocês devem estar perguntando: "Quem foi Luis Moraes de Lima? Um grande jogador? Ex-presidente do clube? Torcedor símbolo?" Não. Luis Moraes de Lima foi meu avô por parte de pai.

"Ah, ele era tricolor roxo, né?"

Não. Era flamenguista roxo. "E que  ele tem haver com o Fluminense a ponto de merecer um post na véspera da decisão do Campeonato Brasileiro de 2010?"

Meu avô foi o responsável por eu presenciar ao vivo, no Maracanã, a conquista do Campeonato Brasileiro de 1984, na final contra o Vasco.

Enchi tanto o saco dele que me levasse no jogo, e como ele morava perto do Maracanã, acabou sucumbido e levando a mim e ao meu irmão (flamenguista) no jogo. Coitado do meu avô! O Maracanã estava abarrotado de gente (mais de cem mil) e como fomos de última hora, foi um sufoco para comprar ingressos. Quando chegamos na arquibancada, não tinha mais lugar. Meu avô achou um lugar para ele e eu e meu irmão assistimos sentado em baixo da grade da arquibancada. Incrivel!

No mais, não me lembro de nada. Mas, um garoto de 13 anos ver se time campeão brasileiro foi demais.

Meu avô era uma pessoa maravilhosa. Morreu trabalhando e na difícil separação dos meus pais, ajudou e muito a minha mãe na nossa criação. Lembro-me das nossas discussões políticas mais tarde, ele defendendo Lacerda e eu Getúlio. Lembro das broncas que nos dava e das cobranças. Mas, lembro também das manhãs de Domingo na casa dele, assistindo Silvio Santos, dos almoços em familia, da casa em Maricá, das brincadeiras, e da dedicação que cuidava dos netos. E como não se bastasse me deu esta grande alegria. Obrigado, vô. Saudade eterna!

A minha fé no título, amanhã, é inabalável!