domingo, outubro 29, 2006

Antes que recomece a sacanagem...

Amigos,

Inúmeras vezes o Fluminense é mencionado depreciativamente na mídia esportiva. Os motivos são sempre criativos, apesar de muitas vezes estapafúrdios, descontextualizados da verdade dos fatos, como a tal versão fantasiosa e sistematicamente construída de que estamos na primeira divisão do futebol brasileiro por uma virada de mesa solitária. O comentário, retirado de seu contexto real, serve apenas à desinformação e ao reforço de um preconceito perverso.

A história do futebol brasileiro só poderá ser contada se contada como a própria história das viradas de mesa. Não se pode afirmar onde uma acaba e começa a outra, tal a
promiscuidade entre seus enredos. Mas não precisamos ir tão longe; vamos começar pelo ano de 1981, quando Palmeiras, Bahia, Coritiba, Guarani e Náutico, cujo desempenho nos
campeonatos estaduais foi pífio, descredenciando-os a disputar o Brasileiro, receberam gentilmente o convite para participar da festa da elite, sob o grotesco álibi de um
regulamento que permitia que em um mesmo ano os clubes que disputassem a Taça de Prata pudessem ascender à Primeira Divisão. Em 1982 os beneficiários desse esdrúxulo critério foram, entre outros, Atlético Paranaense e Corínthians, os mesmos de quem vamos falar mais à frente. Em 1986 o mesmo Botafogo do fanfarrão Bebeto de Freitas devia cair à luz do regulamento do Brasileiro daquele ano. O Clube dos 13 prontamente correu em socorro de seu afiliado e promoveu a Copa União, mantendo o alvinegro carioca no andar de cima. Em 1993, já aí comovida com o desespero do Grêmio, que não subiu pelo campo, a CBF fez retornar à Série A os doze primeiros da B, ajudando de lambujem o Vitória da Bahia, oferecendo-lhe elevador para a cobertura em plena competição. Foi o São Caetano da vez. Há ainda os casos de São Paulo, Vasco e Santos, que não conseguiram desempenho nos estaduais de forma a credenciá-los à divisão da elite, mas foram convidados, aceitando a mesura docemente constrangidos. Há muito mais. Mas para o que aqui vai se argumentar é o que basta.

O Fluminense, pelos critérios vigentes em 1996, deveria ter sido rebaixado. Muito bem. Mas isso caso o campeonato tivesse transcorrido em um ambiente de normalidade esportiva. Qual o quê! Tão logo se encerrou a farsa, o Brasil assistiu perplexo a uma série de reportagens do Jornal Nacional trazendo à tona um dos maiores escândalos não apenas do futebol brasileiro, mas de toda a nossa pródiga história de escândalos. Vinha à luz o indecente episódio do 1-0-0, que ficou conhecido como o Caso Ivens Mendes. Sob o olhar estarrecido da sociedade brasileira, o JN denunciava um imoral esquema de manipulação de resultados, capitaneado pelo diretor de arbitragem da CBF e pelos senhores Alberto Dualibi e Mário Petráglia, dos reincidentes Corínthians e Atlético Paranaense. Naquele momento o futebol brasileiro se viu diante de sua maior vergonha, vazou o fundo do poço nas asas da prostituição de quem por ele deveria zelar.

Quando se esperava a punição criminal dos envolvidos e o sumário rebaixamento das agremiações beneficiadas pelo esquema (que, por sinal, ganharam títulos nacionais após a irrupção do escândalo), adotou-se a solução salomônica e asquerosa de não rebaixar ninguém, limitando-se a CBF a punir desportivamente os dirigentes, e não os clubes imoralmente beneficiados. Nesse momento de mancha histórica de nosso futebol a decisão includente e equivocada deveria ter sido objeto de repúdio por parte de todos os dirigentes dos clubes não envolvidos e por toda a imprensa ética. Não se viu nem uma coisa nem outra. Em vez de protestar publicamente contra a imoralidade, um abjeto dirigente tricolor, destituído da representatividade emanada da imensa maioria de nossa torcida, fez do deboche a expressão do regozijo, espocando um champanhe que nos transformou em inimigo prioritário da opinião pública. Aquele gesto, abominável em si, teve ainda o condão de desviar do foco das medidas que deveriam ser adotadas para iniciar-se a moralização do futebol brasileiro com a punição dos responsáveis por um episódio chulo e vergonhoso, o do esquema 1-0-0. O champanhe foi o habeas-corpus da quadrilha, esta uma expressão muitas vezes usada pelo Jornal Nacional para definir a turma dos dedos leves e contas pesadas.

O Fluminense caiu em 1997. E disputou a Segunda Divisão. Caiu em 1998, e, para espanto de uma opinião pública descrente, disputou e ganhou a Terceira Divisão, tendo a correr pela
beira das várzeas em que jogamos um técnico tetracampeão do mundo. Só o Fluminense, por seu passado e peso em nossa história, pôde se dar esse luxo. Estávamos preparados para
disputar a Segunda, em 99, quando um imbroglio jurídico - por sinal, mais uma vez envolvendo até a medula a vestal Botafogo, do ínclito Bebeto, e o São Paulo do nem tão ínclito Sandro Hiroshi – patrocinado pelo Gama, prometia inviabilizar a realização do Brasileiro de 2000. À semelhança de 87, com a Copa União, optou-se por entregar ao Clube dos 13 a organização do Brasileiro, que recebeu a redentora alcunha de Copa João Havelange. Foram muitos os convidados, afinal a JH contou com a oceânica participação de 116 clubes! Seu regulamento era um convite ao delírio, e possibilitou inúmeras “viradinhas” de mesa nos módulos inferiores. Foram mais de 10! A JH produziu ainda um absurdo diante do qual toda a imprensa brasileira se calou: o fato de o São Caetano ter se habilitado à Libertadores sem que houvesse disputado a Primeira Divisão. Estranho, não é?

Se a JH serviu como base para definir os representantes brasileiros na Libertadores, por que não serviria para definir os participantes de nossa Primeira Divisão do ano seguinte? E aqui cabe lembrar: da JH a 2002, o Fluminense foi o clube brasileiro que mais pontos acumulou na divisão de elite.

Recusamos veementemente o papel de beneficiário exclusivo das armações do futebol brasileiro. Somos a torcida líder em acesso à internet; a responsável por transformar um simples uniforme, o laranja, no maior fenômeno de vendas entre todas as torcidas brasileiras; só perdemos em exposição de mídia, em 2002, para os finalistas Santos e Corínthians; batemos freqüentemente os recordes de audiência em tv por assinatura;
somos uma nação orgulhosa de sua história, um clube de massa, com representação em todo o território nacional.

A ter que recuar para que se restaure o império da ética, voltemos a 1996, quando a face podre se tornou visível. Aí sim poderemos zerar o hodômetro moral do futebol
brasileiro, com a punição exemplar dos envolvidos no episódio Ivens Mendes, inclusive as agremiações beneficiadas por essa nódoa de nossa história. Até lá exigimos que o Fluminense seja respeitado pela força de sua torcida e tradição, que não pode ser confundida com atitudes isoladas de inquilinos transitórios de Álvaro Chaves.

Não se pode embaralhar o Fluminense com o gesto isolado de um dirigente, assim como não se pode tomar o Botafogo pelo Bebeto; o Vasco pelo Eurico; a Globo pela do Galvão; a ESPN pela do Trajano. Citar o Fluminense como beneficiário exclusivo das nefandas articulações de bastidores, como exemplo único de transgressão às normas, é de um delírio cretino. Ao citar um caso isolado, tragam-no para o ambiente cultural em que ele se forjou, um ambiente em que não há bandidos nem mocinhos, e sim uma absurda cumplicidade e omissão. Só os torcedores podem mudar esse quadro.

Como nos ensinou um dos mais ilustres tricolores, o imortal Nelson Rodrigues: “O Fluminense tem a vocação do eterno: tudo passará, só o Fluminense não passará”.

BETO SALES - SITE TORCIDA TRICOLOR

sexta-feira, outubro 27, 2006

Não se iludam !!! Preparemo-nos para o pior !!!

É triste constatar isto, mas estaremos na segundona no ano que vem !!! Preparemo-nos para o pior !!! O time é fraco demais e ainda por cima, jogadores, comissão técnica e diretoria estão que nem baratas tontas. O segundo do gol do Grêmio foi a mistura de incompetência com a falta de tranquilidade que recai sobre todo o time.

O único fio de esperança é a Ponte Preta conseguir ser pior que este time e perder mais jogos do que nós perderemos. Confesso que não terei mais estômago para ver o Fluminense na segundona. Fui a quase todos os jogos da terceirona em diante, mas chega uma hora que satura. Independente de qualquer resultado devemos armar um grande protesto no último jogo contra o Palmeiras.

Sinceramente, acho que a coisa tem que ser violenta. As organizadas e todo mundo têm que partir para cima dessa cambada que se instalou no Flu e baixar o sarrafo neles. Cadê o filho da puta do Horcades que nessa hora se acovarda e não toma nenhuma medida? Deveria ser o principal alvo para aprender a ser homem. Infelizmente nossa torcida é passiva demais !!!

Em resumo, não temos goleiro, e nem meio-campo. O ataque é inoperante. Pra completar os jogadores que poderiam ser a tábua de salvação, não serveme para nada:

Arouca-> Cheirador de pó. Foi pego algumas vezes com Toró e Vinicius Pacheco do Fla na maior merda.
FH-> Goleiro horrível e cachaceiro. Foi barrado pelo Josué pois chegou atrasado e com bafo de cachaça.
Lenny e Juliano -> duas moiçolas.
Marcão -> acabou p futebol
Pedrinho -> precisa falar alguma coisa?
Pet - en franca decadência.
Tuta -> para se ter uma idéia e o melhor dessa turma.
Marcelo -> tá com a cabeça na Europa.
Romeu e Bruno -> horrorosos.

Diretoria -> perdidinha, perdidinha. Já deve 3 meses de salários. Caixa zerado. Única salvação é a venda do Marcelo que não será concretizada. Horcades sumiu do clube.

É com esse verdadeiro exército de Brancaleone que teremos que enfrentar as últimas rodadas do Brasileirão !!!

domingo, outubro 08, 2006

Lutamos contra a Ponte Preta !!!

São Paulo 2x1 Fluminense - Maracanã - Tuta

Triste fim de Policarpo Quaresma. Para quem sonhava no mínimo com a Libertadores, estamos disputando o não-rebaixamento com a Ponte Preta. Apesar de Corinthians e Palmeiras estarem ainda pior que o Flu, eles tem força nos bastidores para saírem dessa. Lembrem que o Corinthians ganhou o campeonato mais roubado do mundo no ano passado.
A única responsável por isso é esta diretoria e figura patética do Horcades. Excelente médico, péssimo presidente. Não entende nada e só está fazendo lambança.
O Flu nem merecia perder para o São Paulo. Dominou o segundo tempo inteiro. Mas como não temos goleiro... Entra FH, sai Diego e continuamos tomando gols com bolas plenamente defensáveis.
Só nos resta torcer e rezar(para quem acredita em Deus) para não cairmos de novo. Se cairmos o clube não se sustenta. Acaba.